domingo, 20 de julho de 2014

#95 - ASHES TO ASHES*, David Bowie



Uma das músicas da minha vida. Aos 16 anos já tinha suficientemente melancolia em mim para me deixar subjugar por esta toada triste, que os últimos acordes da guitarra-sintetizada acentuam.
Em cima, Bowie ao vivo na BBC, creio que em 2000; em baixo o clip original.



sábado, 19 de julho de 2014

#94 DRIVE MY CAR, The Beatles / Paul McCartney

Um McCartney típico, bem construído e esgalhado, cheio de alma e graça, tudo no seu lugar, a linha do baixo, o fraseado da guitarra, o beat da bateria, as vozes desesperadamente roufenhas. E é divertido. Abre Rubber Soul (1965), um dos meus álbuns preferidos.


Em baixo, Macca num filme recente.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

#93 - AND YOUR BIRD CAN SING, The Beatles / Wilco

É magnífico o trabalho das guitarras (Harrison e McCartney), lembra-me os Byrds; e também as vozes. O autor é Lennon, que canta.
Em baixo, os Wilco, em 2013.

domingo, 13 de julho de 2014

#92 ADAGIO UN POCO MOSSO (Concerto para piano # 2, de Beethoven), Leon Fleisher & George Szell / Claudio Arrau & Colin Davies

O segundo andamento do Concerto para piano #5 de Beethoven, «Imperador», louvor ainda da figura de Napoleão Bonaparte (como a Sinfonia #3), dedicatário fortemente renegado pelo compositor, quando o mito de libertador dos povos europeus, sob o lema da Revolução Francesa -- Liberdade, Igualdade, Fraternidade -- se revela um carrasco desses mesmos povos. É célebre a imagem da dedicatória furiosamente rasurada, o papel da partitura rasgado pelo furioso Ludwig, enquanto ouvia o troar dos canhões napoléonicos às portas de Viena.
Quanto à música, propriamente, o diálogo apaixonante entre o piano e a orquestra é duma beleza extraordinária.
A minha interpretação é a de Fleisher / Szell; ao vivo, escolho a magnificência de Arrau / Davies.

sábado, 12 de julho de 2014

#91 - EU VI ESTE POVO A LUTAR (CONFEDERAÇÃO), José Mário Branco / J.M.B., Sérgio Godinho & Fausto

Passo por cima de alguns lugares-comuns da letra, e também de alguma verdades, para realçar o ímpeto de vaga popular que tem esta música e a intenção que lhe está associada -- por muito infirmada que já então era pela tal História que pensavam levar na mão; e pela sobeja razão de ser que ainda hoje lhe assiste, para nossos males. Enfim, mixed feelings, tragédias várias.
O início é soberbo: Júlio Pereira, na guitarra portuguesa; Pedro Wallenstein, no baixo; Zé da Cadela, à tarola; e J.M.B. nas restantes percussões; em seguida, o soprano de Rui Cardoso em tensão insurreccional. 
Em baixo, 3 canto(re)s.