sexta-feira, 30 de maio de 2014

#82 - ELEGIA. ANDANTE, NON TROPPO* (Béla Bartók), Eugene Ormandy / Jesús Amigo

II andamento do Concerto para Orquestra (1943) de Béla Bartók. Eugene Ormandy com a Orquestra de Filadélfia (1964). Para o fim dos tempos.
Em baixo:
A Orquesta de Extremadura, dirigida por Jesús Amigo 
(a captação de imagem é miseranda)



segunda-feira, 26 de maio de 2014

#81 BACK TO MEMPHIS, Chuck Berry / The Band

Do álbum de 1967, cheio de bons músicos de estúdio: ouçamos a secção rítmica, piano, bateria e baixo -- do melhor. Felizmente há a net para lhe sabermos os nomes, porque o lp é omisso. No fade-out, a guitarra de Chuck -- um dos pais do rock e uma lenda viva -- em canto de cisne.
Em baixo, cover dos The Band.


domingo, 25 de maio de 2014

#80 - ADEUS Ó SERRA DA LAPA, José Afonso / Tim, Vitorino & Celeste Rodrigues

Canção de partida, nesse ano de 1973 -- o mesmo em que Assis Esperança publicou o romance Fronteiras -- ano ainda de emigração, do êxodo da miséria. O tema é lindíssimo, com um soberbo arranjo de metais. Do álbum Venham Mais Cinco.
Em baixo, uma versão esplêndida de Tim, com Vitorino e Celeste Rodrigues (esqueçam a captação rudimentar com tecnologia de ponta).






segunda-feira, 12 de maio de 2014

#79 - O CABRAL FUGIU PARA ESPANHA, José Afonso / Vitorino & Luis Pastor

Da peça de "A Barraca", Zé do Telhado. Grande álbum de José Afonso (Fura Fura, 1979), cuja primeira parte é composta por temas destinados àquele espectáculo de Hélder Costa. A fala inicial de Margarida Carpinteiro situa a acção no período da Maria da Fonte e da Patuleia, da guerra civil entre constitucionalistas moderados e radicais, aludindo ao exílio forçado do polémico ministro de D. Maria II, o controverso António Bernardo Costa Cabral. A música é de José Afonso e a letra popular. Artur Costa, João Gil e Luís Represas, dos Trovante, juntam-se a Júlio Pereira, Né Ladeiras e Carlos Salomé. Os arranjos são também dos Trovante. Carlos Salomé que vemos acompanhando, nas trancanholas, o seu irmão Vitorino e Luis Pastor, na TVG (Galiza).




sexta-feira, 9 de maio de 2014

# 78 - EI! WIE SCHEMKT DER COFFEE SÜßE (Bach), Christine Schäfer, Stuttgart Bach-Collegium / Helmuth Rilling, Robin Johannsen



Nem tudo é religião, em Bach, mas tudo pode ser divino -- inclusivamente as cantatas profanas, de que a bem humorada Cantata do Café é exemplo. Nesta ária, um pai preocupado assiste ao desvario com que a filha se deixa impregnar por esta excitante e viciante bebida, cada vez menos exótica no século XVIII.
A minha gravação é a de Helmuth Rilling com o Stuttgart Bach-Collegium, aqui com Christine Schafer. Em baixo, outra soprano: Robin Johannsen

sábado, 3 de maio de 2014

#77 - ATLANTA BLUES (MAKE ME A PALLET ON YOUR FLOOR), Louis Armstrong, Bria Skonberg

Versão de W. C. Handy de um standard de autoria desconhecida, remontando ao século XIX. Satchmo dialoga consigo mesmo, trompete e scat, todos solam. Arvell Shaw, no contrabaixo -- anota George Avakian no texto de contracapa --, brinca com Pops, que não era propriamente um fã de Charlie Parker, citando Ornithology...
Em baixo, a canadiana Bria Skonberg, excelente.



#76 - BERLIN, Barclay James Harvest

Tudo muito nos eixos, letra suficientemente imprecisa para não chocar os mais desafectos às questões políticas (a queda do Muro ainda vinha longe), a verdade é que gosto  desta música muito melodiosa, cantada no tom certo por John Lees, e com uma sobriedade instrumental que funciona.
Em baixo, gravação feita em Bona, 2002, exemplo eloquente de como se pode estragar uma coisa boa, tornada enfadonha pelo próprio autor, Les Holroyd (e sem outro membro da formação original que gravou XII , em 1978).