Faixa #4 de Little Earthquakes (1992). A letra interessa-me pouco, embora tenha o que se lhe diga. Gosto do tom intensamente dramático e perturbador da música, para o que muito contribui, mais do que o espasmo gutural de Tori, o martelar contínuo do seu piano, subjacente à bateria de Carlo Nuccio; intensidade que aumenta com a reafirmação da linha do baixo de Will McGregor. Por baixo, a sua interpretação exponencia essa intensidade (embora, confesso a minha fraqueza, uns olhos e uma gargantilha me distraiam do essencial), yeah...
Um blogue de música para mim e quem o quiser apanhar, a girar desde 1 de Dezembro de 2012.
domingo, 30 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
#10 RAG DOLL, Aerosmith
Nos Aerosmith há do melhor e do pior. A mudança da CBS para a Geffen tornou-os mais globais e menos autênticos. Há excepções: esta «Rag Doll», em cima no álbum ao vivo A Little South Of Sanity (1998); em baixo, a versão original original de Permanent Vacation (1987). Deixemos o kitsch de lado e fixemo-nos no que é bom. Neste caso, a autenticidade das raízes, a slide guitar de Joe Perry, o canto de Steven Tyler, a terminar em scat, os metais, abafados no registo ao vivo, a mais-que-competência dos restantes músicos. Um hard rock americano, vindo dos blues, o melhor filão dos Aerosmith.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
#9 THE FIELDS OF ATHENRY -- Brier
Uma versão do original de Pete St. John, que versa a Grande Fome irlandesa de 1845-49.
THE FIELDS OF ATHENRY
By a lonely prison wall
I heard a young girl calling
Micheal they are taking you away
For you stole Trevelyn's corn
So the young might see the morn.
Now a prison ship lies waiting in the bay.
Low lie the Fields of Athenry
Where once we watched the small free birds fly.
Our love was on the wing we had dreams and songs to sing
It's so lonely 'round the Fields of Athenry.
By a lonely prison wall
I heard a young man calling
Nothing matter Mary when your free,
Against the Famine and the Crown
I rebelled they ran me down
Now you must raise our child with dignity.
Low lie the Fields of Athenry
Where once we watched the small free birds fly.
Our love was on the wing we had dreams and songs to sing
It's so lonely 'round the Fields of Athenry.
By a lonely harbor wall
She watched the last star falling
As that prison ship sailed out against the sky
Sure she'll wait and hope and pray
For her love in Botany Bay
It's so lonely 'round the Fields of Athenry.
Low lie the Fields of Athenry
Where once we watched the small free birds fly.
Our love was on the wing we had dreams and songs to sing
It's so lonely 'round the Fields of Athenry.
I heard a young girl calling
Micheal they are taking you away
For you stole Trevelyn's corn
So the young might see the morn.
Now a prison ship lies waiting in the bay.
Low lie the Fields of Athenry
Where once we watched the small free birds fly.
Our love was on the wing we had dreams and songs to sing
It's so lonely 'round the Fields of Athenry.
By a lonely prison wall
I heard a young man calling
Nothing matter Mary when your free,
Against the Famine and the Crown
I rebelled they ran me down
Now you must raise our child with dignity.
Low lie the Fields of Athenry
Where once we watched the small free birds fly.
Our love was on the wing we had dreams and songs to sing
It's so lonely 'round the Fields of Athenry.
By a lonely harbor wall
She watched the last star falling
As that prison ship sailed out against the sky
Sure she'll wait and hope and pray
For her love in Botany Bay
It's so lonely 'round the Fields of Athenry.
Low lie the Fields of Athenry
Where once we watched the small free birds fly.
Our love was on the wing we had dreams and songs to sing
It's so lonely 'round the Fields of Athenry.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
#7 POMBAS BRANCAS -- João Afonso & João Lucas, José Afonso
Que o génio de José Afonso lhe sobrevive, não apenas pelo legado escrito e gravado, como pelas reinterpretações que a obra tem sido objecto, é um facto. Aqui, temos João Afonso, seu sobrinho, que, com personalidade própria, não se limita a ser um clone do tio, acompanhado magistralmente por João Lucas, como se pode comprovar ouvindo um e outro. Excepcionalmente, a música é de outrem, Luís Andrade e o poema, excelente, é do nosso grande trovador; mas o resultado final é tão sublime que dir-se-ia serem ambos do mesmo criador.
sábado, 22 de dezembro de 2012
#6 LOVE FOR SALE -- Cannonball Adderley, Carmen McRae
De Cole Porter (1930); em Somethin' Else, de Cannonball Adderley (1958).
Hank Jones sempre discreto, Art Blakey sincopado, mesmo com as vassouras, Miles Davis dá a frase, e o swing do contrabaixo de Sam Jones anuncia o formidável arranque de Julian C.A., que sola, ouvindo-se a ele e a Charlie Parker.
Em baixo, magnífica, Carmen McRae na televisão (1962).
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
#5 TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM -- José Afonso, Resistência
Trovador excelentíssimo, nunca ultrapassado nem superado por outro cantor/autor da música popular urbana portuguesa.
A guitarra é a de Carlos Correia (Bóris).
faixa #1 de Traz Outro Amigo Também (1970)
em baixo: Resistência, ao vivo no Coliseu:
em baixo: Resistência, ao vivo no Coliseu:
Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
sábado, 8 de dezembro de 2012
#4 WHAT A WONDERFUL WORLD* -- Louis Armstrong
What a Wonderful World (Bob Thiele & George Weiss).
Faixa #1 do álbum What A wonderful World (1968)
Não é jazz, mas é Armstrong tentando dissipar a nuvens negras da Guerra do Vietname, com a Orquestra de Lawrence Welk.
(Ou)vi-a tocada e cantada por Lionel Hampton,, no Parque Palmela, em Cascais.
Em baixo com a formação dos últimos anos: Joe Muranyi (clarinete), Tyree Glenn (trombone), Marty Napoleon (piano), Buddy Catlett (contrabaixo) e Danny Barcelona (bateria).
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domingo, 2 de dezembro de 2012
#3 AUTUMN LEAVES / LES FEUILLES MORTES -- Cannonball Adderley, Yves Montand
Cannonball Adderley, «Autumn Leaves» (Joseph Kosma). Primeira faixa de Somethin' Else (1958).
Julian C.A., sax alto; Miles Davis, trompete; Hank Jones, piano; Sam Jones, contrabaixo; Art Blakey, bateria.
Quinteto superlativo, a forma como a secção rítmica inicia, com os sopros sotto voce -- diria eu, ou não, se soubesse alguma coisa de música -- agarram-me logo. Depois, o diálogo Miles / Julian, mantêm-me sempre numa expectativa interessada; ao mesmo tempo, o beat constante mas nunca monótono de Blakey e Jones (Sam). O final de Hank Jones, piano que não quer sair, empurrado suavemente pelos sopros. Maravilhoso.
Em baixo, Yves Montand em 1951, na versão original, «Les Feuilles Mortes», com letra de Jacques Prévert.
#2 THE HOUSE OF THE RISING SUN* -- The Animals, Frijid Pink
The Animals, The House Of The Risisng Sun, arranjo de Alan Price (teclas), esplêndido Eric Burdon.
Também conhecida como Rising Sun Blues.
De autoria incerta, teve várias versões, de Woody Guthrie a Sinnead O'Connor.
Aqui, uma dos Frijid Pink, banda de Detroit.
sábado, 1 de dezembro de 2012
#1 PRESSURE -- Anathema
Anathema, «Pressure», de John Douglas (bateria). Faixa 1 de A Fine Day To Exit (2001).
Ao vivo: Were You There? (dvd, 2004).
As the pressure grows and these feelings flow
Trample on bodies, bodies in holes of faith
Times I've asked the lord for forgiveness
While kept under a spell of a sweating locust's breath
No need to tell me 'cause it's written on your face
Sliding down now with the black lights shining
I don't care where you go you won't get away from me
Black as the night is day filled with no sympathy
Marching down the hall for a misery
I don't care where you go, you won't get away from me
Mouth tastes of sick, stomach twist inside
Everything's wrong and I can't get away
The gravity of fear you can feel it coming near
It's coming straight for you, it'll twist and drag you down
I don't care where you go, you won't get away from me
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