sábado, 27 de dezembro de 2014

#146 - AÑOS, Mercedes Sosa e Raimundo Fagner

Música com aquela marca de doçura e gravidade do cubano Pablo Milanés, aqui num dueto da argentina Mercedes Sosa com o brasileiro Raimundo Fagner, e que integra o lp deste, Traduz[c]ir-se (1981). Título aliás excelente, reflectindo como a misceginação é importante em tudo, a começar e a acabar na música. Fagner, cearense filho de libanês, é disso mesmo um eloquente exemplo.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

#145 - DUNKIRK*, Camel

De Music Inspired by The Snow Goose (1975), um concept album muito do agrado das bandas prog dos anos '70, baseado numa novela do norte-americano Paul Gallico (1897-1976). Esta faixa fala  da travessia do Canal da Mancha de Rhayader (o protagonista) e da célebre Batalha de Dunquerque, com as tropas franco-britânicas encurraladas pelos panzer alemães. 
Lembro-me de como isto me empolgava (muita guitarra e bateria aéreas eu toquei ao som disto).
Em baixo, Andy Latimer, o único Camel original, no ano passado, na Holanda. 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

#144 - ADESTE FIDELES [THE PORTUGUESE HYMN]*, Bing Crosby

A celebração da vinda do Menino Jesus, texto medieval e musicado por D. João IV, atribuição mais provável. Os ingleses traduziram-no e chamaram-lhe The Portuguese Hymn. Descoberto em Vila Viçosa, não se sabe como foi parar a Inglaterra. Uma das hipóteses é a do casamento de Catarina de Bragança com Carlos II. Assim com a princesa portuguesa e futura rainha, receberam não apenas o chá (que passou a ser das cinco), Tânger e Bombaim, como  uma música admirável, património universal, com ou sem Unesco. 
Antes de saber destas coisas em torno do nosso rei Restaurador, já a voz de barítono de Bing Crosby me aconchegava os Natais. Em cima, cantado na rádio, em 1942; em baixo numa cena com Ingrid Bergman, filme do ano seguinte. Feliz Natal!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

#141 - BEHIND THE LINES, Phil Collins

Do primeiro álbum a solo de Phil Collins, Face Value (1981). É um bom disco com algumas reminiscências da sua banda principal Genesis (o tema é aliás dos três que ficaram...), mas, gravado nos EUA, é mais virado para o r&b e o funk, então pujante (não esquecer que ele é também um músico de jazz e fusão, que praticou na outra banda, Brand X, sem esquecer o projecto The Phil Collins Big Band. Numa ou noutra faixa um aviso à navegação para os altos voos comerciais que rapidamente iria empreender, para desgosto de muitos, meu inclusive.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

#140 - THE BEAT*, Elvis Costello & The Attractions

Ora isto lembra-me mesmo umas férias de Verão, em 1979, quando fiz girar muitas vezes este lp, e ainda muitas mais desde então. Era um beat diferente, mais estival e familiar do que aquele a que Elvis Costello se refere -- até porque nem tinha idade para ser bad boy.

sábado, 13 de dezembro de 2014

#139 - O BARQUINHO, João Gilberto / Roberto Menescal

Uma jóia de 2'35'', uma obra-prima, a música no tempo certo, os arranjos (aqueles metais portuários...), a letra de Ronaldo Bôscoli, um brisa mariha perfeita. 
Em baixo, Roberto Menescal, o compositor, em bossa-jazz.

#138 - BILLERICAY DICKIE, Ian Dury

Ian Dury foi único no modo como pegava em toda a música. É o caso deste típico music hall inglês, incluindo a brejeirice. Em baixo, no Hammersmith Odeon, em 1985, o gozo é notório.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

#137 - ADAGIO MA NON TROPPO, Josef Suk

De Dvorák, grande e único, o Adagio  do Concerto para violino, pelo seu bisneto, Josef Suk. A Orquestra Filarmónica Checa toca nas duas gravações. Em cima, regida por Karel Ancerl, na totalidade (é o disco que tenho, e não consegui arranjar só a parte do Adagio); em baixo, o segundo andamento, dirigido por outro maestro checo, Václav Neumann. O violino de Suk é um «Stradivarius».